O termo Cultura do Estupro surgiu na década de 70, e até os dias atuais é utilizado para denominar a aceitação de um crime bárbaro pela sociedade brasileira. Tal “cultura” faz com que as pessoas passem a tratar o estupro como algo admissível, culpabilizando a vítima e banalizando a violência contra a mulher. No Brasil, a cada três horas uma mulher é estuprada, no entanto 64% dos casos não são notificados, segundo o Ministério da Justiça, fato ocorrente devido á culpabilização das vítimas. Mulheres que são abusadas sexualmente, muitas vezes ao relatarem o crime, são bombardeadas com frases machistas, - do tipo: “Ela provocou” ou até mesmo “Ela estava com roupa curta”- que fazem com que a vitima se culpe e não denuncie o agressor. A banalização da violência contra a mulher, também decorre da Cultura do Estupro, visto que com a aceitação do crime pela sociedade, abrem-se portas para que o mesmo seja cometido. Atualmente a pena para um estuprador no Brasil varia de 3 a 10 anos de prisão, segundo o Artigo 213 do Código Penal, o que não basta para inibir esses criminosos. Em virtude dos dados mencionados faz-se necessário que medidas sejam tomadas urgentemente. O Poder Legislativo Federal deve agir reformulando a pena para o crime de estupro, de maneira que ela se torne mais severa, o Governo Federal investindo em delegacias destinadas ao atendimento exclusivo de mulheres vítimas de tal crime, e a mídia criando propagandas e programas que falem sobre o tema de forma correta, alertando a sociedade sobre a Cultura do estupro.