Título da redação:

Estupro: um crime comum e pouco punido

Tema de redação: A cultura de estupro no Brasil

Redação enviada em 02/07/2016

“Liberdade, igualdade e fraternidade”. Tal lema que guiou a Revolução Francesa foi também o principal argumento usado nos movimentos feministas de 1848, que tiveram como objetivo central, a uniformidade dos direitos entre homens e mulheres. Contudo, hoje, quase dois séculos depois ainda são muitas as dificuldades enfrentadas pelo sexo feminino, dentre elas, destaca-se a violência sexual, que por mostrar-se regularmente ao redor do mundo, a existência de uma cultura do estupro é questionada. Primeiramente, é válido destacar que segundo o site Super Abril, cerca de 50 mil pessoas são estupradas anualmente no Brasil, no entanto, tal número representa apenas 10% dos casos ocorridos. Conquanto, é importante ressaltar que o estupro não se restringe apenas a violação corporal; assobios, olhares insistentes e xingamentos também caracterizam essa violência, e que as vítimas acumulam sequelas muitas vezes permanentes, dificultando assim a convivência e construção de novos relacionamentos. Entretanto, diante uma sociedade machista e procedimentos longamente punitivos para a mulher, a vítima, opina constantemente pelo silêncio, principalmente por medo de ser julgada e humilhada. Além do mais, o recente caso do estupro de uma adolescente de 16 anos no Rio de janeiro expôs, de forma agressiva, a realidade a qual a mulher esta sujeita; uma recente pesquisa feita pela Revista Veja confirmou que apenas 1% dos violentadores são devidamente julgados e punidos, fato que perpetua os abusos. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Buscando diminuir os casos de violência que ocorrem, o Ministério da Justiça deve, além de propor leis mais rigorosas, diminuir a burocracia na denuncia e julgamento dessa violência. Além dessas, é necessária a participação do Ministério das Comunicações na instituição de campanhas midiáticas que incentivem a denúncia. Dessa forma, a violência se extinguirá e o termo “cultura do estupro” cairá em desuso.