A sociedade brasileira tenta mascarar a cultura do estupro. Embora seja um tema atual esta violência física e moral ocorre desde o processo de colonização no país. Contudo, apesar do estupro ser um crime que pode suceder-se com qualquer pessoa, naturalmente somos imparciais a acreditar quando ele realmente acontece. Ainda que grande parte da nação é conservadora e machista o que gera a desigualdade na sociedade é a educação que é dada para meninos e meninas. Para Immanuel Kant, o homem é o que a educação faz dele, para ter-se uma sociedade equilibrada faz-se necessário a divulgação nas mídias e nas escolas da igualdade de gênero e assegurar por meio da Constituição Federal de 1998 no Artigo 5º que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o estupro é um dos crimes mais subnotificados do brasil e estima-se que mais de meio milhão de pessoas são estupradas anualmente. Sendo que, 70% das vítimas são crianças e adolescentes menores de 17 anos, em sua maioria violentadas dentro de suas próprias casas. Além do mais, há poucos casos em que o agressor é punido, pois as autoridades buscam uma justificativa para que não haja de fato um crime, penalizando o comportamento da mulher, o horário que sai, os locais que frequenta e até mesmo suas roupas, dessa forma, numa sociedade patriarcal a mulher deve calar-se e subordinar-se perante o homem. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Deve-se haver maior compreensão da sociedade para com as vítimas, devido muitas meninas que são violentas refugiar-se no silêncio, logo, a presença de psicólogos em escolas e a participação da família na vida das crianças e adolescentes é fundamental. Ademais, o Ministério da Justiça, poderia criar leis mais eficazes, determinar a prisão preventiva mais rápido e desenvolver um site de denúncias anônimas.