O termo cultura do estupro é designado para demonstrar o quão à violência sexual contra a mulher está naturalizada na sociedade. Tal cultura só é possível diante de uma grande desigualdade de gênero. Apesar dos altos índices de estupros no Brasil, a cultura do estupro só ganhou notoriedade após um caso ocorrido, no Rio de Janeiro em maio de 2016, em que uma jovem foi violentada por 33 homens. Utilizando-se do caso como exemplo, é possível observar que perante a palavra da menina houve várias dúvidas e argumentos contra ela, porém não houve com a mesma intensidade contra os estupradores. Isso se chama culpabilização da vítima, uma das características da cultura do estupro. A culpabilização da vítima faz com que o foco saia do agressor e do crime em si, acerca disso, milhares de mulheres desistem de denunciar a violência. Outra característica da cultura do estupro é a objetificação do corpo da mulher. Durante muito tempo seu corpo foi submisso ao homem, à igreja, as leis, como um objeto para fazer o que bem entender. Entretanto, atualmente elas lutam através do movimento feminista para ter direito ao seu próprio corpo. Caso elas não tivessem sido repudiadas há tempos atrás provavelmente não estariam lutando contra a cultura do estrupo. Em suma, é necessário que o Ministério da Educação implante nas escolas o debate sobre gêneros para que os meninos saibam desde cedo que eles não devem impor sua sexualidade sobre a menina. O Ministério da Justiça precisa trabalhar com leis eficazes contra os estupradores e assistir a vítima após a denúncia. É preciso ainda que os formadores de opinião, em especial a televisão, deixem de propagar propagandas em que a figura da feminina seja apenas mais um símbolo sexual.