Roupa, comportamento, bebida, horário companhias... São muitos os questionamentos que surgem a respeito de um crime quando a vítima é do sexo feminino. Casos recentes de estupros coletivos ganharam as mídias sociais e reacenderam o debate sobre a persistência de uma Cultura de Estupro na sociedade. Esse termo segundo a (ONU) Organização das Nações Unidas é usado para caracterizar maneiras que a sociedade culpa as vítimas de assedio sexual e normaliza o comportamento sexual violento dos homens. O Brasil é um país perigoso para as mulheres. Dados recentes indicam que os homicídios contra a mulher tem aumentado nos últimos anos, sendo de 21% de aumento em relação a década anterior. No país a cada 100mil mulheres 5 são vitimas de homicídio . O Brasil tem a quinta maior taxa no Ranking mundial violência contra mulher. Segundo a OMS Organização Mundial de Saúde. Além da violência física a violência sexual é enorme, em 2015 foram registrados 10 casos por dia, em média, segundo dados da central da mulher. Historicamente as mulheres são tratadas como sujeitos de “segunda categoria”. Não são reconhecidas como humanos dignos de respeito e de direitos humanos e são coisificadas, objetificadas e mercantilizadas. A Cultura do Estupro é a cultura machista que estupra e mata as mulheres. A violência física e sexual contra a mulher não é algo novo na sociedade , no entanto, a persistência desse ‘quadro dramático” para as mulheres numa sociedade que se auto denomina moderna e igualitária é inaceitável . O problema é estrutural e precisa ser combatido não só em momento de intensos debates , quando são divulgados casos relacionados a violência física e sexual, mas na raiz da sociedade através de políticas que que alcancem o desenvolvimento de cidadão e que sejam capazes de formar pessoas conscientes da igualdade de gênero por meio de uma educação não sexista e sem estereótipos.