Título da redação:

Ato sexual ou ataque

Proposta: A cultura de estupro no Brasil

Redação enviada em 05/08/2016

Ato sexual ou ataque Atualmente, um dos assuntos mais falado é o estupro e toda cultura por trás dele. Mulheres sofrem disso todos os dias seja em casa ou em lugares públicos, e não há nada que a vítima possa fazer para evitar isso. Desde sempre, na sociedade as mulheres são objetificadas, como uma forma de poder por parte dos homens quando eles conseguem ter relações sexuais com elas. E, quando um homem deseja uma mulher e ela o recusa, alguns homens se sentem desafiados e o ato de estuprar, se torna uma conquista. De acordo com a psiquiatra Sahika Yuksel: “O estupro não é um ato sexual, é um ataque”. O que dificulta esta percepção é que ainda os homens são criados para serem “machos” no sentido de dominar a mulher e esconder qualquer tipo de fraqueza. O medo de revelar emoções é cultivado desde pequenos e leva a atitudes de agressão. Aconteceu um caso, no Rio de Janeiro, de um estupro coletivo onde a vitima foi uma menina de 16 anos. Apesar de ela ter sido atacada por mais de 30 homens, tiveram pessoas que ainda se perguntaram se foi um estupro. Afinal - elas diziam - ela foi mãe aos 14 anos e postava fotos com armas, como se esses fossem argumentos que justificariam o estupro. Mas qualquer que fosse o passado dela ou seu estilo de vida, o ataque de 30 pessoas só pode ser considerado estupro. A pena para estupro era de no mínimo 6 e no máximo 12 anos de cadeia. Depois desse caso, a pena máxima foi aumentada para 16 anos. Contudo, levando em conta que a pena para homícidio é de no máximo 30 anos e que o estupro é considerado o segundo maior crime depois da morte, muitos pensam que ela deveria ser ainda maior. Infelizmente, o estupro esteve e estará sempre na sociedade em que vivemos, independente de qualquer medida que poderá vir a ser tomada. Mas se a pena fosse ainda maior talvez o numero de estupro diminuiria. Outra forma de reduzir os casos de estupros seria mudar a visão do homem em relação à mulher desde os primeiros anos de vida, ensinando a respeitar como pessoa o invés de ver como um objeto.