É de conhecimento de todos os inúmeros casos de estupro ocorridos no Brasil, sendo evidenciadas as origens que compõem o que é denominado cultura do estupro Tido como fruto do patriarcalismo colonial através da submissão imposta sobre a mulher, os abusos sexuais foram transformados em herança cultural. Reflexo de uma sociedade machista que espelha as disparidades ocorridas entre os sexos. Desde a conduta dos homens assediando no transporte público até o ambiente de trabalho com mulheres recebendo salários inferiores até colocadas como menos capacitadas para manter uma hierarquia ultrapassada. Além disso, ocorre a padronização dos gêneros que classifica o que os conservadores definem como certo para cada sexo. Formando o arquétipo de mulher indefesa, delicada, feita para servir e o homem de forma animal que deve ser provedor da família, predador sexual e utilizar o sexo feminino como objeto, assim estereotipando colaborando com o abuso. Ademais, a impunidade persistente não colabora com a manutenção dos paradigmas. Mantidas pelo medo de denunciar devido o julgamento das pessoas ao redor que na maioria das vezes coloca a vítima como culpada devido as roupas ou o horário do acontecimento. Portanto, é necessário que a escola como instituição educadora juntamente com o governo transmita desde a infância a importância do papel da mulher na sociedade e a igualdade entre ambos os sexos como essenciais para a pátria. Deve também incentivar a denuncia, pois apenas através dela é possível ir em busca de justiça, além de punições severas e de forma rápida aos praticantes do estupro.