Título da redação:

Acabar com machismo

Tema de redação: A cultura de estupro no Brasil

Redação enviada em 27/06/2016

Quando assistimos a comerciais de cerveja, com mulheres sendo assediadas, quando vemos uma mulher sendo “cantada” na rua, entre outros acontecimentos e ficamos com os braços cruzados, achando totalmente normal, estamos sendo cúmplices do machismo, que ainda está inserido na sociedade brasileira, fazendo com que a mulher seja vista como uma figura inferior, passível de ser abusada. Uma vez que nos calamos e não fazemos nada quando produções culturais e acontecimentos diários inferiorizam mulheres, estamos abrindo um espaço para que abusadores sintam-se no direito de violarem as suas vítimas. O estupro na história do Brasil e do mundo está muito “enraizado”, não sendo difícil de encontrar relatos a respeito. Sabe-se que na antiguidade o machismo (que até hoje insiste em resistir) era muito forte, as mulheres eram vistas como inferiores, feitas para servirem aos homens, o que vai de encontro ao fato de se acharem no direito de as forçarem a ter relações sexuais contra a sua vontade. Nesse sentido, no Brasil do século XXI, saber que em torno de 70% dos casos de estupro não são denunciados e que o agressor nem sempre é devidamente punido quando delatado, é inaceitável. As vítimas têm medo de denunciar seus agressores, pelo preconceito que irão sofrer ou por serem muito novas (quando ocorre com crianças). Muitos ainda insistem em culpar a vítima, é preciso que a sociedade entenda que O ESTUPRO NÃO É CULPA DA VÍTIMA, é preciso ensinar os estupradores a não estuprar, usar uma roupa “curta” é um direito das mulheres, e não um motivo para serem estupradas. Vale também ressaltar que os abusadores na maioria dos casos são pessoas próximas às vítimas, está dentro de casa, na universidade, na rua de casa, um dos fatores que contribui com o silêncio das vítimas. Sendo assim, é necessário que não fiquemos calados diante de fatos que inferiorizem as mulheres, mesmo que seja um assovio, é necessário fazer com que o homem se sinta envergonhado de fazer isto, debater o assunto com a comunidade também é necessário, seja com campanhas publicitárias, ou com um simples debate em uma roda de conversa, incentivar à denúncia, aumentar à pena e diminuir a idade penal nesses casos, além de promover discussões a respeito do gênero nas escolas, seja com palestras ou um conteúdo específico, pois são nos pequenos atos que a diferença acontece.