Cultura é tudo o que inclui o conhecimento, a arte, crença, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano, então pensando por esta lógica não seria um equívoco considerar que existe uma “cultura do estupro”? Utilizar o termo “cultura do estupro” para entender os fenômenos do abuso à mulher pode ser extremamente errôneo, pois esse tipo de crime é abominado por toda a sociedade, e até mesmo os bandidos não o aceitam,fazem justiça com as próprias mãos e atribuem penas como a morte e linchamentos populares, o que é errado, mas nos leva a refletir que considerar o estupro uma cultura é ignorar a verdadeira realidade social em que vivemos. Uma pesquisa realizada pela IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apresenta que 65% dos entrevistados, homens, discordam de que as mulheres que usam roupas que mostre o corpo merecem ser atacadas e 26% que concordam, em outra pesquisa 70% das vítimas de estupro no Brasil têm menos de 17 anos, 50,7% menos de 13 anos, dados esses que estão mais ligados a pedofilia e abuso sexual do que a ideia de “ataque” só contra mulher. Por conseguinte o que na realidade existe no Brasil é a impunidade em relação a esses crimes hediondos, onde essa falsa cultura do estupro acaba se tornando um bloqueio para a punição de criminosos que cometem tal atrocidade, vindo a atribuir a todos os homens o título de estuprador em potencial. Para mudar está realidade e acabar com a impunidade no país não é necessário apenas educar, mas também defender leis mais severas na reformulação de leis mais brandas. Viabilizar Projetos de Lei como a PL 5398, que iria ajudar a diminuir a isenção desses crimes e a não prevalência dessa suposta “cultura do estupro”.