Título da redação:

A normatização, alienação e o abafamento da cultura do estupro no Brasil

Proposta: A cultura de estupro no Brasil

Redação enviada em 01/07/2016

A cultura do estupro é a banalização da violência sexual contra a mulher. Este fenômeno, tem prejudicado e destruído, de uma forma ou de outra, a vida de todas as mulheres há milhares de anos. No entanto, ele persiste profundamente enraizado e escondido na sociedade global e brasileira até os dias de hoje. Por essa razão, é imprescindível que medidas sejam tomadas para revelar, punir e mudar os atos que perpetuam a cultura do estupro no Brasil. No dia a dia é comum a ocorrência de comportamentos e atitudes que desumanizam e violam a dignidade e liberdade da mulher como se fossem coisas normais. O famoso “fiu-fiu”, tal do jogo de sedução, a objetificação sexual da mulher em campanhas publicitárias e a culpabilização da vítima de estupro são alguns dos inúmeros exemplos dessa normatização de comportamentos relacionados a cultura do estupro. Entretanto, existem muitos outros problemas, além de comportamentos normatizados, que contribuem enormemente na prevalência desse problema. Um deles é a alienação social. Por exemplo, o conhecimento do fato de que a maioria dos casos de estupro ocorrem em lugares privados, por pessoas conhecidas e que a maioria das vítimas são crianças e adolescentes é estranho para a maioria das pessoas. Um dos piores problemas, por sua vez, é a abafação dos casos por empresas, governos e instituições que não só perpetuam o silêncio das vítimas, mas também criam espaço para que a cultura do estupro de se firme confortavelmente na estrutura social brasileira. Diante disso, políticas educacionais, públicas e de saúde devem ser tomadas urgentemente. Para começar, O Governo Federal deve exigir a educação de gênero nas escolas; criar delegacias especializadas para lidar com os casos de violência contra a mulher; punir duramente os perpetradores assim como reeducá-los e prepara-los para a sociedade sem que causem risco novamente; e criar e manter campanhas que revelam e combatem os comportamentos cotidianos que desrespeitam e agridem a liberdade e dignidade da mulher.