Título da redação:

A luta não pode parar

Tema de redação: A cultura de estupro no Brasil

Redação enviada em 14/10/2016

Numa sociedade marcada pela desigualdade social entre homens e mulheres, potencializa-se a cultura do estupro. A visão machista envolvida neste conceito, caracteriza a mulher como um objeto suscetível ao instinto masculino. Infelizmente, no Brasil ainda há muitas lutas a serem combatidas visando a valorização e reconhecimento do poderio feminino. Num olhar atento para a história do Brasil, percebe-se que a cultura do estupro sempre esteve enraizada nesta sociedade patriarcal. Na época escravista, a relação sexual forçada entre senhores e escravas era totalmente banalizada, e suas esposas, por sua vez, deveriam permanecer submissas às vontades de seus maridos. Ademais, na contemporaneidade, a mulher carrega certos estigmas nos quais atitudes como, vestimenta, hábitos ou determinado estilo de vida justifica o fato da mesma merecer ou não ser estuprada. Em 2014, segundo levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), aconteceram cerca 47,6 mil episódios de violência sexual contra as mulheres no Brasil. Sabe-se que ainda há muitos casos que não são denunciados, seja por motivos de vergonha ou simplesmente pela questão de incredulidade de terceiros quanto a veracidade dos fatos, já que sempre há a hipótese de a “culpa” ser da mulher. Com isso, muitos criminosos continuam livres, e cada vez mais mulheres ficam presas a uma sociedade machista sujeitas ao assédio moral e nos piores dos casos, o físico. Por fim, é preciso fortalecer a luta feminina buscando a erradicação da cultura do estupro juntamente com o preconceito contra a mulher nos diversos setores da sociedade. Para isso, cabe maiores investimentos do setor público federal, como o Ministério da Educação, em campanhas escolares e midiáticas para conscientização da população de diversas faixas etárias. O sistema judiciário e legislativo deve estabelecer mais leis que vão de encontro à lei Maria da penha, visando estabelecer penas mais rígidas e eficazes para punir indivíduos inibidores de mulheres no país,