A cultura do estupro é um problema que vem desde as primeiras civilizações. Tal ato era utilizado como forma de punição às mulheres desobediente as leis ou aos seus maridos. Atualmente, essa forma de violência cresce a cada dia incentivado mesmo de forma inconsciente pela sociedade, a qual insiste em condenar a vítima juntamente com seu agressor, baseando-se no seu estilo de vida ou no modo de se vestir. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA – revelam que 88% dos abusos acometem as mulheres e 90% dos delinquentes são homens. Essas informações nos mostram que apesar do sexo feminino ter alcançado varias conquistas ao longo do tempo, elas ainda são tratadas como um objeto para satisfação masculina. Devido a isso, muitos criminosos se sentem no direito de cometerem abusos sexuais, os quais são movidos por uma cultura machista impregnada no corpo social. Outro aspecto de extrema relevância é o fato de muitas vítimas, serem julgadas pelo seu comportamento, tipos de roupas ou companhias, como se tais particularidades justificassem um estupro. Somando isso a vergonha, a culpa e o medo, fazem com que apenas 35% dos casos sejam denunciados, cerca de 476 mil violências sexuais, ou seja, um a cada 11 minutos de acordo com o IPEA. Porém, este número pode subir para uma agressão a cada minuto, visto que os números de queixas são muito baixos. Diante disso, é de extrema importância que o governo implemente leis mais severas e as coloquem em prática, para assim acabar ou ao menos diminuir os números exorbitantes de estupro no país. Também é fundamental a criação e disseminação de delegacias especializa nesse tipo de crime, bem como a realização de campanhas e projetos nos meios de comunicações, inclusive as escolas, que incentive as vítimas a denunciarem a ocorrência dessa violência.