Título da redação:

A cultura do estupro e do assédio no Brasil

Tema de redação: A cultura de estupro no Brasil

Redação enviada em 04/07/2016

Existe a cultura do estupro no Brasil? A culpa é da vítima? Além da cultura do estupro existir, grande parte da sociedade considera a vítima culpada e responsável pelo ato ocorrido. Infelizmente isso é exposto e tratado como algo normal, fazendo de tudo isso um grande motivo para o comportamento de indivíduos que o praticam. Umas das consequências desses atos, é que desde antigamente, visto na colonização do Brasil, o estupro e vários outros tipos de assédio vem ocorrendo. Começou com as trocas entre os povos, os portugueses trocavam seus objetos pessoais por noites de sexo com mulheres indígenas, e assim continuou, em época de escravidão, senhores brancos sentiam-se no direito de agredir e violentar de qualquer forma, suas mulheres e escravas, apenas por serem homens, e superiores a elas. Antigamente crianças, mulheres e escravos não tinham voz sobre isso. Nos dias atuais isso já é conhecido como crime, e ainda muito praticado, por pessoas machistas e que se sentem no dever de intervir no direito de ir e vir de determinada pessoa, atos assim acontecem em escolas, faculdades, restaurantes, nas ruas e até mesmo dentro de casa. Devido a isso, pessoas andam limitando sua própria liberdade, sua vontade de se expor e usar determinada peça de roupa sem ser julgada. Sobre isso, hoje, vítimas possuem medo, vergonha, transtornos físicos e psicológicos. No Brasil são conhecidas e muito pronunciadas, duas formas desse assédio. O moral, em que o indivíduo é agredido por palavras, por gestos obscenos e até mesmo forçado a determinadas atitudes, como por exemplo em empresas públicas e privadas, onde o agressor é geralmente superior ao subordinado. E o assédio sexual, em que na maioria das vezes o opressor viola o espaço físico do indivíduo, por exemplo, a vítima é obrigada a ir a algum lugar abandonado e muitas vezes escuro e forçada ao ato sexual sem seu consentimento. Na sociedade, a maioria não possui muito entendimento sobre isso, e não sabem que por lei, atos como esses citados são crimes, e que podem e devem ser denunciados. Por isso, a organização Internacional do Trabalho (OIT) decretou o assédio como atos de insinuações, contatos forçados e convites impertinentes, podendo trazer uma maior tranquilidade para denúncias de atos pequenos que acontecem, mas que também podem causar constrangimento e humilhação. A cor da pele, o gênero, o estilo, a idade, classe social ou tamanho de roupa usado por alguém, não faz disso um convite para tal agressão. Perante a lei somos todos iguais, temos os mesmo direitos e queremos ser respeitados; com grandes campanhas oferecidas pelo governo, e pela mídia, como postagens em redes sociais, publicações em jornais e revistas, banners em locais públicos, palestras em escolas e universidades, e assim podemos compartilhar experiências e trazer voz e conforto para que mais mulheres ou qualquer pessoa que já tenha sido ou é alvo do estupro e do assédio, possa sentir segurança de seus direitos, de poder denunciar, e a confiança de que a justiça será feita.