A Cultura de estupro é o termo usado para abordar as maneiras em que a sociedade culpa as vítimas de assédio sexual e normaliza o comportamento sexual violento. No Brasil, há um drástico aumento dos casos de estupro, sendo que as redes sociais vêm tendo um papel essencial nestes casos. No Brasil, segundo a IPEA, demonstram que 89% das vítimas são do sexo feminino, sendo que 52 do total são mulheres negras, e possuem, em geral, baixa escolaridade. Do total, 70% são crianças e adolescentes. E, ainda, dados de 2014 afirmam que a cada 11 minutos uma mulher é estuprada, sendo que apenas em São Paulo de 2005 a 2012 houve aumento de 230% dos casos de estupro, logo o crime que mais cresceu no estado. Além de que grande parte dos casos não é notificada, por conta do medo da vítima de ser novamente agredida pelo agressor. As redes sociais têm exercido o duplo papel de denunciar casos de estupro e de fazer o contraponto aos grandes meios. A notícia do estupro coletivo, exercida por mais de 30 homens e cuja vítima uma menina de 16 anos tem gerado polêmica na internet; caso que foi divulgado nas redes sociais através de um vídeo por parte dos autores do crime e que recebeu diversos tipos entre as mais variadas opiniões. Em diversos casos, como o apresentado, percebe-se que grande parte da população já tem a conscientização de que a culpada não é vítima, entretanto ainda há uma parcela da população que defende tais atos. Portanto, percebemos que para que haja a redução dos elevados índices de estupros, é necessário que o tema seja abordado em escolas, tendo aulas sobre o devido assunto para a conscientização das crianças, já que são elas que serão o futuro da sociedade. Além de que, é necessário investimentos do governo na melhoria do sistema judiciário para que a vítima sinta-se segura ao procurar por justiça. E, ainda é necessário o investimento em movimentos, passeatas, programas que abordem tais temas, para que ocorra a mudança do pensamento que culpa a vítima. E, assim extinguir um pensamento machista e retrógrado que sobrepõe á sociedade.