O termo ‘’Cultura do Estupro’’ foi criado nos anos 70, por feministas dos Estados Unidos e é inacreditável perceber que demorou cerca de 50 anos, para a cultura do estupro ser discutida em sociedade, mais inacreditável é que mesmo assim há pessoas que digam que não existe a cultura do estupro. Muitas das pessoas não conhecem o real significado do termo, mal sabem elas que quando concordam ou ficam caladas diante de um assédio verbal ou físico de contexto, principalmente, sexual, elas colaboram para a cultura do estupro. Quando acham que é do instinto masculino assediar a mulher, como se fossem ‘animais incontroláveis’, estão colaborando para a cultura do estupro. Ao assistir uma propaganda de cerveja cuja usa o corpo da mulher como objeto sexual e acham isso normal, estão de acordo com a cultura do estrupo. Um dos atos mais comuns e que mais colaboram para que esta cultura se propague é questionar a vítima sobre como ela se portava no momento do crime, condenando a vítima junto ao estuprador. É por esse motivo que de todos os casos de estupros ocorridos no Brasil, apenas 10% deles são denunciados, já que as vítimas têm consciência dos julgamentos que serão feitos a elas pela sociedade ao seu redor, e, além do mais, é por agir dessa maneira, culpando a vítima por parte do crime, que apenas 1% dos estupradores são condenados e outros 99% estão livres, sabendo disso, as mulheres do Brasil vivem, constantemente, em estado de violência ao andar na rua sozinhas, ao ficar sozinhas em casa e ao usar ou uma mini saia ou um shorts em público e isso não é normal, não pode ser considerado normal. Há um grande problema ocorrendo em nossa sociedade quando observamos que sua maioria ‘colabora’ de alguma forma com a cultura do estupro e isso deve ser erradicado. Para início, deve-se conscientizar fortemente a população de que em caso de estupro a culpa NUNCA é da vítima, apenas do agressor. Policiais devem estar atentos quando uma denúncia é feita, precisam investigar seriamente o caso, para que possam punir o criminoso, a punição para os agressores deve ser rigorosa e deve ser cumprida, sem negociações. Além do mais, é de obrigação do governo dar suporte e apoio a vítima, uma vez que o trauma que passou é inapagável.