Título da redação:

A culpa não é da vítima

Proposta: A cultura de estupro no Brasil

Redação enviada em 16/03/2017

A violência sexual é uma realidade presente na sociedade desde os tempos remotos. No período colonial, por exemplo, os portugueses chegaram ao Brasil e estupraram as índias, e mais adiante, as escravas também foram violentadas pelos senhores. Ou seja, a miscigenação brasileira é uma consequência de crimes hediondos. A partir de então, começa no Brasil, a cultura do estupro. E por que a maioria das vitimas são do sexo feminino? A mulher é inferiorizada desde a Grécia antiga, e até mesmo dentro do cristianismo, o qual , pressupõe que, a mulher é a culpada pelo pecado original. O papel da mulher na sociedade patriarcal era apenas a procriação e serviços domésticos. Com isto, a mulher tornou-se objeto sexual e submissa ao homem. Ao final do século XIX , o movimento feminista torna-se porta voz contra a cultura do estupro, porém, é vergonhoso que somente em 2009 as leis tenham sido alteradas para um crime contra a dignidade e liberdade sexual da vítima. Tendo em vista que, anteriormente, era descrita como um ataque ao homem, pai ou marido, que tivesse sua integridade moral afrontada pelo crime sexual sofrido pela mulher. Porém, mesmo com as leis instaladas no Brasil, segundo o IPEA , apenas 10% das mulheres denunciam os casos de estupros. E isso, de certa forma, é resultado da imputação da culpa do ato a própria vitima, e ao mesmo tempo a vitimização do estuprador. Visando que, as frases machistas do tipo “ Ela estava de roupa curta, então procurou” “ Estava sozinha na rua a noite porque quis” associa a vitima como a culpada pelo ato sofrido. Portanto, é necessário que novas leis sejam criadas e aplicadas severamente. O acesso a denuncia deve ser facilitado para todos, pois, crianças também sofrem abusos, mas não tem o discernimento da denuncia. A educação é fundamental. Em casa e nas escolas, as crianças devem aprender pelos seus pais e professores à respeitar o próximo e ter consciência sobre a igualdade de gêneros. Campanhas publicitarias com efeito de conscientização é viável, tendo em vista que, a mídia participa da influência na sociedade. Assim, o Brasil será referencia ao caminho do combate ao estupro.