A iminência do agravamento da crise hídrica faz com que procuremos culpados para tal, no entanto, a ação antrópica é o principal agente do problema. Com desmatamento, desperdício e mercantilização do sistema de abastecimento ficamos reféns dos períodos pluviais, e com a seca é inevitável a crise. A falta de investimentos, por parte das companhias de abastamento, tornou a rede de distribuição obsoleta, visto que, seu desperdício é de mais 30%. Além disso, a mercantilização do fornecimento de água, fez com que, a crise seja vista como uma grande oportunidade de obtenção de lucros, como exemplo a SABESP que aplica multa para os usuários que utilizam água acima da quantidade habitual, valorizando suas ações na bolsa de valores de Nova York. Outro fator que agrava a crise é o desmatamento da Amazônia, em especial para extração de madeira e pecuária extensiva, pois, a pluviosidade do país depende dos chamados “rios voadores”, ou seja, vapor d’água proveniente da transpiração das plantas da floresta amazônica e a alteração da densidade da floresta tem reduzido os índices pluviométricos, principalmente no sudeste. Portanto, é necessária maior consciência coletiva para sanar os problemas relacionados à crise hídrica. Com medidas de controle do desperdício nas residências, controle do desmatamento pelo poder público e investimentos em infraestrutura e reaproveitamento de água por parte das companhias de abastecimento.