Título da redação:

Água: do encanamento à torneira

Proposta: A crise hídrica brasileira: sustentabilidade da sociedade e da gestão pública.

Redação enviada em 22/08/2017

A criação da lei das águas em 1997, promoveu à disponibilidade de água para a atual e futura geração, porém, atualmente, observa-se vários eventos de escassez registrados nas regiões Centro-Oeste e Sudeste que não costumavam apresentar secas. Situação essa que faz alusão ao pensamento do escritor João Guimarães Rosa que dizia, “a água de boa qualidade, é como a saúde e a liberdade, só tem valor quando acaba”. Nesse contexto, a gestão hídrica encontra um dos seus maiores desafios: Investir em infraestrutura e conscientizar sobre o consumo sustentável. A priori, a água representa mais da metade da composição do corpo humano e atua no funcionamento adequado do organismo e de toda a manutenção da vida no planeta, entretanto, a má distribuição e altos índices de desperdício criam um cenário de preocupação com a crise hídrica. Segundo o Fórum Econômico Mundial (FEM), o risco de faltar água no mundo é a maior ameaça para a sociedade nos próximos anos. Isso se deve principalmente à falta de infraestrutura e planejamento hídrico que causam impactos na indústria, agricultura e consequentemente, na economia. Prova disso é o percentual de desperdício no trajeto da água das represas para o consumidor que pode chegar até 40% de perda, de acordo com dados do Governo Federal. Acontecimentos dessa natureza trazem como consequência prejuízos na produção das empresas,racionamentos frequentes, falta de saneamento e aumento no valor das contas de água e luz. Além da infraestrutura, a gestão hídrica está envolvida com aspectos comportamentais e ambientais.Pelo Brasil possuir uma das maiores reservas de água doce do mundo em seu território, criou-se a falsa impressão de abundância de recursos. Tal situação, diminui a fiscalização e incentiva o uso indevido da água que pode causar um cenário ainda maior de prejuízos. Assim como, as progressivas ameaças do desmatamento e poluição que estimulam o aumento das mudanças climáticas. Dessa forma, é comum observar noticias de regiões que enfrentam fortes secas devido à alterações do clima, e a população que não tem o hábito de racionar água enfrenta dificuldades ao ver os níveis dos reservatórios esgotarem rapidamente. Evidenciando que o consumo sustentável é fundamental para evitar a escassez. Fica explícito, portanto, que o Brasil precisa buscar novas alternativa em seu controle hídrico. Diante disso, é dever das entidades educacionais (Escolas, Institutos e ONGs) realizar campanhas motivacionais que informem sobre o uso correto da água com a intenção de criar hábitos sustentáveis. Ademais, é importante que o Ministério do Meio Ambiente, por meio de consulta pública desenvolva leis para fiscalizar os recursos hídricos e ambientais para evitar impactos no clima. Já os Órgãos Governamentais precisam investir em Infraestrutura com medidas de saneamento, técnicas de reúso e monitoramento a fim de preservar os patrimônios naturais. Dessa maneira, será possível amenizar o uso indevido da água e garantir a manutenção de recursos para as próximas gerações.