Título da redação:

Água: combate a escassez

Tema de redação: A crise hídrica brasileira: sustentabilidade da sociedade e da gestão pública.

Redação enviada em 13/01/2016

Imagine não jorrar água em chuveiro, nem ter água suficiente para cozer alimentos. Lamentavelmente, esta é a realidade de muitos: o cidadão que labuta desde antemanhã precisa administrar bem para não ficar sedento ao fim de sua jornada, a casa cheia de louça suja porque nada desce da torneira e o agricultor chorando pelas plantas que morreram. Apesar do planeta ser rico em água, a própria para uso é de apenas 3%, contando com a congelada água das regiões polares. A água mais abundante, a salgada, infelizmente não pode ser consumida. Ainda que atualmente existam tecnologias capazes de retirar o sal dos mares e oceanos, trata-se de uma medida inteligente que infelizmente é custosa, portanto inviável. Com as dificuldades de obter água potável, infere-se que governo de sucesso será aquele capaz de reduzir o gasto desnecessário desse bem, cada vez mais considerado o diamante, o petróleo do século. Ainda é possível ver os ribeirinhos fazendo suas necessidades nos rios, sem nenhum acesso ao saneamento - talvez por falta de grana ou informação. Revoltante saber no país a negligência ao saneamento básico, como se não fosse importante. Para agravar, existem indústrias que poluem sem dó, sem se atentar ao gasto, sem fiscalização alguma. Desperdiçam indiscriminadamente, porque saem ilesos em virtude da péssima atuação das autoridades e da dormência do povo. Não há possibilidade de parabenizar aqueles que fecham os olhos frente ao perigo. Um exemplo de má administração é a crise hídrica de São Paulo, fruto de um modelo péssimo, cujas principais causas são: desmatamento, sobretudo quando o povo constrói suas casas próximas aos mananciais, destruindo as matas ciliares; a ausência de informações sobre a possibilidade da escassez antes de todo o episódio acontecer. Sabendo-se do constante crescimento populacional desse Estado, a chamada ao reuso desse bem já deveria ter sido feito há muito tempo. A solução, por fim, seria investir em tecnologias que economizem água e sejam bastante difundidas entre governo e população. Não só difundidas como incentivadas através de benefícios fiscais para quem diminuir o consumo e redução de imposto para quem usa sistemas de reuso, seja em casas ou empresas.