Muito se debate a respeito da crise hídrica enfrentada por nosso país. Sabe-se que o Brasil dispõe da maior reserva de água doce do mundo, no entanto, a escassez deste bem essencial à vida é uma realidade em algumas regiões. Tal fator é ocasionado pelo crescimento acelerado da população, bem como a crescente atividade industrial, aliado à falta de políticas públicas efetivas. O Brasil possui a maior bacia hidrográfica do planeta, a Amazônia, e cerca de 12% da água potável do mundo. Porém tanta abundância não está bem distribuída entre as regiões brasileiras, o que resulta na falta de água nos locais mais concentrados populacionalmente e onde os recursos hídricos são escassos. Além disso, a inexistência de saneamento básico e redes de tratamento de esgoto em algumas cidades acaba por ser a principal causa do despejo de resíduos tóxicos nos rios, reduzindo ainda mais a quantidade de água disponível. Tales de Mileto, ao afirmar que tudo é água, deixou claro a importância desse bem para origem da vida e de tudo o que possibilite sua continuação. A indústria seria nesse contexto uma facilitadora do bem-estar social. Contudo essa invenção humana consome 70% da água potável e poucas demonstram-se preocupadas em devolvê-la ao meio ambiente em condições próprias para o consumo. Esse fator explica o fato do sudeste, principal polo industrial brasileiro, ser também o mais afetado com a crise de água atualmente. Diante do exposto, cabe ao estado monitorar as atividades e coibir práticas industriais que gerem danos ao meio ambiente por meio da adoção de leis severas. Somado a isso, a sociedade como um todo deve mobilizar-se para que medidas de melhor aproveitamento e reuso as água sejam realidade nos lares brasileiros, posto que este é um bem indispensável, porém finito.