O desenvolvimento das primeiras civilizações, através da agricultura, só foi possível graças ao domínio de técnicas de utilização dos recursos naturais, tomando como exemplo, a ascensão do Império Babilônico graças à complexa engenharia hidráulica. Porém, nas sociedades modernas há um uso irracional e compulsivo da água, fator já preocupante e possivelmente gerador de um colapso futuro. Ainda que o Brasil seja detentor do título de maior reserva de água doce do planeta, a importância desse recurso é estupidamente esquecida por muitos. O desperdício já se tornou questão cultural, seja pelo uso doméstico, como também industrial e agrícola. Além disso, há um crescimento desordenado das cidades, precariedade no tratamento de esgoto e falta de um planejamento, abastecimento e distribuição corretos, somados à irregularidade das chuvas e problemas climáticos. Como consequência, ocorre assoreamento, poluição de rios e lençóis freáticos, destruição de represas e da mata ciliar, contração de doenças por ingestão e contato de água contaminada e crise hídrica generalizada em níveis alarmantes. Entende-se, portanto, a importância da criação e aplicação de leis mais efetivas que combatam o despejo de dejetos contaminantes e mobilização da população ao uso consciente através de campanhas e palestras, com incentivo a métodos inovadores e ecologicamente sustentáveis de reutilização e uso racional nas indústrias e bom manejo do solo e irrigação econômica na agricultura. Assim como, o essencial aprimoramento da infraestrutura, saneamento básico, construção de sistemas de armazenamento e transposições para regiões mais carentes.