Um cenário composto por torneiras abertas, longos banhos, mangueiras ligadas diariamente, contrapondo à filas para buscar baldes d`água, racionamento doméstico, rios secos, culminaram para um dos maiores desafios do século XXI: a escassez da água. Será esta uma consequência das ações climáticas ou fruto do desperdício antrópico? Em muitas regiões do globo, como desertos, regiões da caatinga, os quais são secos e inóspitos, a temática da falta de água é comum, histórica e geográfica. Afinal, apresentam-se desta forma por condições naturais do clima. Entretanto, com o advento da globalização e dos investimentos tecnológicos, a população tornou-se principal atuante no processo de aceleração da escassez da água. Por exemplo, suas ações domésticas de consumo excessivo da água, uso indiscriminado da energia elétrica sobrecarregando as hidrelétricas, estão gerando graves consequências para si mesmos. Tem sido comum nos noticiários, as imagens de pessoas, moradoras do Estado de São Paulo, por exemplo, sofrendo com a falta de água, além destes, existe também a população nordestina do semi- árido de Pernambuco, Paraíba e demais, que vivem na expectativa da transposição do Rio São Francisco, a fim de que tal solucione o problema da seca. Essa triste realidade precisa urgentemente ser controlada e sanada, pois a funcionalidade da água está nas atividades domésticas, industriais, elétricas e agrícolas, assim como, a solução para esta grande temática perpassa pelos mesmos atores. É nesse contexto de análise, que se faz necessário apresentar propostas de intervenção e gerenciamento do uso da água, por intermédio dos líderes governamentais. Estes poderiam instituir para indústrias, agricultores e domésticos, um volume máximo de água para ser gasto diariamente, frisando que esse valor não seria arbitrário, e sim calculado por estatísticos competentes para tal função, pois será imprescindível calcular de acordo as necessidades. Além disso, promover campanhas nas escolas e no meio midiático sobre responsabilidade do uso sustentável da água e formas de reuso da mesma, afinal como afirma Eduardo Galeano, “a primeira condição para modificar a realidade consiste em conhecê-la” e essa, todos já conhecem.