No país possuidor de metade da água potável do planeta, a crise hídrica é uma realidade presente. Tal ocorrência é devido ao seu mau uso e a sua indisponibilidade em algumas regiões. Assim, inicia-se o processo da busca por águas disponíveis e de boa qualidade. As indústrias, o crescimento populacional e a agricultura são os principais fatores antrópicos que desencadeiam a insuficiência hídrica. O alto consumo devido ao aumento do número de habitantes e das áreas de lavouras diminuiu a facilidade ao acesso à água. Além disso, há a poluição industrial que gera a decadência da qualidade hídrica. Entre as regiões afetadas por essa crise, destaca-se o Nordeste, que há muito tempo vive esse cenário de precariedade. Desde a Guerra de Canudos, marco das lamúrias sertanejas, os nordestinos sofrem com a seca que massacra essa terra. Contudo, essa seca não é só uma realidade nordestina, mas também de muitos outros brasileiros espalhados em todo território nacional. Para solucionar o problema nordestino, criou-se o projeto de Transposição do Rio São Francisco. Entretanto, desde 2007 esse projeto encontra-se em um lento processo a caminho de sua conclusão. Logo, o direito à água, proposto pela ONU em 2010, ainda não atingiu a boa parte dos brasileiros. Conclui-se que a crise hídrica é causada pela escassez de políticas públicas e não da água propriamente dita. Necessita-se então de medidas fiscalizadoras em regiões industriais para conter a poluição das águas e efetivar a conclusão de projetos como a Transposição do Rio São Francisco. Com isso, uma maior parcela da população teria acesso à água.