O Brasil, certamente, é conhecido por sua grande extensão territorial. Tamanha grandeza é acompanhada por uma grande diversidade de rios, florestas e aquíferos. Entretanto, mesmo com um expressivo número de recursos naturais, a sociedade brasileira atual enfrenta uma grande crise hídrica. São diversos estados enfrentando uma seca severa, levando os seus sistemas de abastecimento de água a níveis extremamente baixos. Contudo, esse problema não se deve apenas a fatores naturais, trata-se de um resultado de uma expressão composta por diversas ações humanas, haja vista o grande número áreas desmatadas, em consonância com comportamento de desperdício hídrico e a falta de programas políticos que envolvam a restruturação da captação e distribuição da água. O desmatamento crescente, presente em diversas regiões do país, trás consigo uma série de problemas que estão diretamente relacionados com a crise hídrica. Dentro desse contexto, temos que entender que a cobertura vegetal está diretamente relacionada com a taxa de evotranspiração e, por consequência, com o índice pluviométrico. Sendo assim, ao destruir a vegetação existente estamos colaborando com um clima mais seco. Além disso, temos que a própria vegetação protege a nascente dos rios, bem como as matas ciliares exercem uma papel fundamental, evitando a erosão e assoreamento do leito dos rios. Portanto, o grande número de área desmatada reflete em um grande número de áreas secas e rios extintos. Outrossim, temos o comportamento de desperdício que ocorre dentro de cada residência. São banhos demorados, lavagens da calçada ou até mesmo do carro, o uso constante da máquina de lavar, o hábito de escovar os dentes com a torneira aberta, enfim, pequenas atitudes que adicionadas refletem em um grande desperdício. No entanto, o desperdício não começa nas residências, mas sim muito antes. Os sistemas de captação e distribuição de água atuais estão obsoletos, por isso os vazamentos e rompimentos de canos são constantes, o que reflete em grandes perdas na condução da água até o seu destino final. Sendo assim, podemos perceber que a crise hídrica é um problema causado por uma somatória de fatores, que envolvem diversos setores da sociedade. Portanto, uma ação governamental viável seria a modernização e ampliação dos órgãos de proteção do meio ambiente, para que estes exerçam uma fiscalização mais efetiva, principalmente nas áreas mais desmatadas, bem como, a promoção de programas de reflorestamentos em áreas que possuam nascentes ou que sejam matas ciliares e modernização dos sistemas de distribuição de água, adotando materiais mais eficientes e resistentes as intempéries. Ainda dentro desse contexto, a mídia e ONGs, poderiam divulgar palestras sobre o uso consciente da água para toda sociedade.