Título da redação:

A crise hídrica brasileira

Tema de redação: A crise hídrica brasileira: sustentabilidade da sociedade e da gestão pública.

Redação enviada em 07/10/2017

O Brasil é um país, relativamente, privilegiado no que concerne a proporção de água potável em seu território. Contudo, a negligência, tanto do Poder Público, quanto da população, para com os recursos hídricos proporcionam, em grande parte, no impasse hídrico atual, o qual está correlacionado com problemas de cunho político e ambiental. Logo, é preciso desenvolver medidas profiláticas para a solução. Em coadunação com o que é exposto no artigo 235, da Constituição Federal, todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, por consequência, é, ao mesmo tempo, direito e dever do Poder Público e de toda a coletividade, responsabilizar-se pelo uso inadequado e adequado da água. No entanto, ao analisar as atitudes, com relação a esse tema, que foram empregados no decorrer da crise pelo Poder Público brasileiro, como: racionamento e multas por uso em excesso de água, especificamente, em São Paulo são ações que refletem a carência de condutas previamente estabelecidas para possibilitar uma melhor administração nessas situações, como por exemplo: promover o uso consciente e sustentável de água, desde a base educacional, entre outros formas que amenizariam a grande dependência de fenômenos naturais, chuva. Outrossim, não devemos atribuir a responsabilidade, somente ao Poder Público, setor industrial e ao agronegócio os quais detém maior porcentagem de desperdício, mas, também, a população uma vez que essa, em sua maioria, não aplica procedimentos que diminuíam os efeitos da crise, já que essa a reutilização da água para lavar carros, motos e calçados é uma ótima forma de economizar água limpa. Ademais, o descarte inadequado de água com componentes inorgânicos, principalmente em regiões próximas a rios ou com saneamento básico inadequado, acarreta em um fenômeno denominado de “Eutrofização”, o qual está correlacionado com a perde de oxigênio da água e acumulo de matéria orgânica, o que corrobora na morte de peixes, por asfixia, e demais animais, além de propiciar o aparecimento bactérias anaeróbicas e consequente “morte” do rio. Logo, a sociedade é um componente crucial para a solução. Faz-se necessário, portanto, que o Poder Público em sua totalidade, executivo, legislativo e judiciário, coadunem e elaborem um plano que incentive a população de maneira geral a desenvolver um pensamento crítico e sustentável sobre o tema, desde o ensino fundamental, visto que um senso de responsabilidade ambiental é construído com o tempo. Desta forma, a curto prazo, palestras, debates coletivos e a estabelecer no calendário acadêmico, das instituições de ensino, matérias voltadas ao desenvolvimento, manutenção e administração sustentável da água e de outros componentes naturais, para que a longo prazo seja possível um pensamento propício a, provavelmente, não haver outra crise.