Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A crescente descrença no pensamento científico no Brasil

Redação enviada em 03/09/2017

No limiar do século XXI, a compreensão da ciência como uma ferramenta para o bem viver ainda é desacreditada por parte da população brasileira. Nesse contexto, alternativas paralelas ao saber científico persistem. Contudo, é valido ressaltar que a ecologia de saberes entre a episteme e os demais saberes é um aspecto positivo na construção do conhecimento. Desde a inquisição dos cientistas renascentistas, perpassando pela revolta da vacina no século XX, até os tempos coevos, é notória a resistência da sociedade em compreender a ciência como uma aliada do conhecimento e do bem viver. Ratificando esse fato, ainda é reverberado, no senso comum, a ineficácia e nocividade da vacina à saúde. Além disso, teorias eugenistas, já refutadas e falsificadas pela ciência, que justificam a superioridade genética da etnia branca, ainda se reverberam na sociedade hodierna. Dessa forma, é visível a persistência de uma mentalidade sedimentada em preconceito e resistência à ciência. Não obstante, faz-se importante, entender que a ecologia de pensamentos, ou seja, a o mutualismo entre o saber científico e não-científico, apregoada pelo epistemologista Paul Feyeraband, deve ser respeitada e incentivada. Partindo dessa lógica, pode-se notar que conhecimentos medicinais indígenas, por exemplo, podem contribuir para a ciência e vice-versa. Dessa maneira, é importante descolonizar o olhar e observar a ciência como apenas uma das formas de conhecimento em coexistência com outras. Destarte, é cognoscível que o Brasil apresenta um panorama de relutância em relação ao saber científico. Dessa forma, faz-se condição “sine qua non” para amenizar essa realidade, que o Ministério da Cultura e da Saúde utilizem-se dos aparatos midiáticos, como revistas e televisisão, com o fito de gerar a desconstrução de estigmas acerca do progresso científico e sua eficácia no bem estar da população. Outrossim, é imprescindível que a escola reverbere criticamente a relevância da ciência e a importância do método cartesiano na construção do saber. Dessa forma, o País se encontrará um passo mais próximo do progresso.