Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A crescente descrença no pensamento científico no Brasil

Redação enviada em 19/06/2017

Os investimentos em ciência cresceram ao longos dos anos. O desafio, no entanto, é conseguir manter esse investimento para os anos seguintes. Produzir ciência é caro e isso, por sua vez, se reflete na falta de políticas públicas, afetando a população não apenas no recebimento precário de educação científica, mas também na falta de avanços em pesquisas que estão ligadas, diretamente, ao bem-estar publico. Por consequência, esse evento causa uma recusa ao pensamento científico e tal prática precisa ser mudada. O contraste das políticas públicas realizadas no passado e na atualidade reforça o descaso do conhecimento científico no país. No século XVIII, a corte portuguesa admitiu a contratação de cientistas para ajudar a catalogar a flora e fauna, além de desenvolver e disseminar técnicas agrícolas mais eficientes. Enquanto no passado houve um incentivo maior às práticas científicas, na atualidade o Ministério da Ciência e Tecnologia, Inovações e Comunicações reduziu o orçamento anual para pesquisas, ao passo que sua efetividade agregaria valores aos produtos nacionais, além de auxiliar a sociedade através do avanço nas áreas médicas e tecnológicas. A falta de investimento na área científica também afeta a educação. Alunos do ensino básico (fundamental e médio) não conseguem reter os conteúdos matemáticos essenciais para o engesso em uma carreira científica no ensino superior. Ao deixar a escola, apenas 7,3% dos estudantes atingem níveis satisfatórios de aprendizado e isso tem como consequência a diminuição da produção e propagação do senso crítico científico, tornando a sociedade descrente frente aos benefícios trazidos pelas ciências. Portanto, a necessidade de tornar o pensamento inquisitivo um hábito é urgente. É preciso que haja mobilização vinda das universidades para pressionar o legislativo a criar leis que impeçam a diminuição do investimento nas áreas científicas. Através de um diálogo efetivo com a população, a mídia poderia estimular uma renovação no currículo escolar, com propagandas e debates em programas de cunho político e científico. O Estado, promovendo atividades de conscientização em escolas, com o objetivo de encorajar a busca por conhecimento na área, monitoraria também a repercussão de uma política concreta voltada para a educação científica no país.