Em seu livro "o mundo assombrado pelos demônios", Carl Sagan, diante das explicações pseudocientíficas dos meios de comunicação, reafirma o poder da ciência. Contudo,diversos fatores levam os jovens brasileiros a desacreditarem na importância da ciência em suas vidas. A falta de aulas práticas de Química, Física, Biologia e o sentimento de restrições das pesquisas científicas às universidades brasileiras são exemplos disso. Embora o país tenha apresentado ações positivas na abordagem científica nas escolas, é válido destacar que a falta de laboratórios nelas dificulta o amadurecimento científico nos jovens. Devido a falta de demonstrações práticas de determinadas matérias muitos adolescentes não percebem suas utilidades em atividades cotidianas. Prova disso é o resultado de uma pesquisa, realizada pela USP, que revelou o desinteresse dos estudantes brasileiros em seguir uma carreira científica. Convém, porém, evidenciar que o problema não se resume somente a falta de incentivo das escolas ao estudo das ciências. Paralelamente, a falta de divulgação das pesquisas científicas, realizadas pelas universidades, para a população aumenta a sensação de que essas descobertas não influem suas atividades cotidianas, aumentando, portanto, a falta de credibilidade da ciência no Brasil. Exemplo disso é o Índice de Letramento Científico(ILC), o qual revelou que a ciência influencia a forma de ver o mundo de apenas 5% dos avaliados. Torna-se evidente, portanto, que a falta de aulas práticas e restrições dos trabalhos científicos às universidades são as principais causas do desinteresse científico pela sociedade brasileira. Para que isso mude, o Ministério da Educação deve incentivar a criação de laboratórios nas escolas, mediante disponibilização de verbas no caso de instituições públicas. Ademais, a mídia precisa propagar a importância do conhecimento científico para o país por meio da divulgação de pesquisas acadêmicas. Afinal, Carl Sagan já afirmava a importância da ciência para o desenvolvimento de uma sociedade mais racional.