A filosofia pré-socrática foi de suma importância para a ciência. Através dela, os filósofos da época procuraram explicar os fenômenos que aconteciam pelo uso do pensamento racional, sendo o começo para o que viria a se tornar o método cientifico. Embora a ciência siga uma linha de raciocínio rígida para produção e comprovação de conhecimentos, ainda hoje existem pessoas que não creem nela, incluindo um número crescente de brasileiros. Por muito tempo a ciência esteve intimamente ligada ao cientificismo. Essa concepção filosófica se caracteriza pela valorização da produção cientifica em detrimento das demais. Outrossim, o cientificismo piamente acredita no pensamento cientifico como a única forma de alcançar a verdade. Ainda que por muito tempo o conhecimento cientifico foi visto como irrefutável e infalível, hoje, a realidade mudou e a descrença nesse saber se torna cada vez maior. Com isso, abrem-se possibilidades para as mais diversas teorias tomarem espaço e se popularizarem. Mesmo que não contenham embasamento e evidências que as provem veridicamente, ideias contrarias ao uso de vacinas, ao heliocentrismo, as leis da física entre muitos outros ganham adeptos. Atualmente, no Brasil, o número de pessoas que desafiam o pensamento cientifico aumenta diariamente, causando a preocupação do Estado, pois essas ideias podem interferir diretamente no funcionamento da sociedade. É preciso, portanto, que medidas sejam tomadas. Cabe ao governo federal dedicar uma maior porção dos impostos recolhidos ao CNPq para que este ofereça um número maior de bolsas de iniciação cientificas em escolas e universidades, incentivando pessoas a conhecerem e acreditarem no método cientifico. Ademais, é preciso que a iniciativa privada e Estado trabalhem em conjunto na criação de um programa televisivo obrigatório que explique como a ciência funciona e desmistifique ideias que apresentam maior adeptos e que podem representar algum risco.