Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A crescente descrença no pensamento científico no Brasil

Redação enviada em 16/06/2017

A partir do Renascimento Cultural na Europa, consolidado no século XV, o racionalismo tornou-se a principal fonte explicativa para os fenômenos do mundo. Entretanto, nos dias atuais, com a circulação de notícias falsas vinculadas a efetividade medicinal, cresce a desmoralização da maior conquista do século XX: a imunização. Somado a isso, o baixo investimento e a desvalorização da pesquisa limita o Brasil em sua evolução tecnológica e acesso a informação. A atual campanha de vacinação contra influenza demonstra o descrédito crescente da sociedade brasileira perante a vacinação. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), apenas 58% do público alvo recebeu a dose da vacina. O principal motivo deste baixo alcance é a circulação de notícias enganosas que, com falsos argumentos, afirmam um caráter capitalista da medicina farmacêutica, no qual o objetivo da imunização seria deixar o indivíduo vulnerável a outras doenças, e, assim, necessitar de mais fármacos. A pesquisa científica no Brasil é baseada no estudo acadêmico, sobretudo, porque as empresas privadas não recebem estímulos para novas patentes. Não apenas o alto investimento, como também a alta burocracia, tornam-se obstáculos para o desenvolvimento do setor. A dificuldade de importação e exportação de materiais, que, muitas vezes, levam meses para ocorrer – nos Estados Unidos, por exemplo, levam semanas – limita o estudo e desvaloriza o salário, sendo insuficiente para o pesquisador desenvolver-se apenas na área. Com isso, volta seu serviço para a área acadêmica como professor, na qual, mesmo sem experiência em sala, recebe maior retorno. De acordo com Jacques Bossuet, a saúde depende mais das precauções do que dos médicos. Desse modo, vê-se, portanto, a necessidade de maior conscientização da população frente a importância da imunização. Através de propagandas televisivas, o MS deve expor dados estatísticos comparando épocas de crises epidemiológicas com a pós-vacina. Ademais, ao Ministério das Relações Exteriores, atribui-se a facilitação burocrática na área de pesquisa, com agilidade na obtenção de materiais estrangeiros. Em síntese a isso, deve-se haver incentivo fiscal, como diminuição de tributos, para empresas nacionais investirem em pesquisa. Também, ao Ministério da Educação, carece investir em palestras nas escolas, apresentando a importância da Ciência para a vida e bem estar.