Durante o Iluminismo as bases para a ciência moderna foram fundadas. Filósofos como Francis Bacon e René Descartes desenvolveram métodos capazes de fazer com que o homem pudesse observar a natureza de maneira sistemática e realizar experimentos que possibilitassem o controle do fenômeno observado. Mas de fato, a ciência se concretizou com August Comté, que cunhou o termo Positivismo, ou seja, o método científico e experimental como é conhecido hoje. Porém, apesar de carregar na bandeira nacional o seu lema de “ordem e progresso”, o Brasil demonstra ainda, inúmeras dificuldades em lidar com a ciência. Dessa maneira, o progresso científico brasileiro somente é encontrado em algumas poucas Universidades Federais, como a USP (Universidade Federal de São Paulo) que recebem algum incentivo governamental por meio o CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que oferece bolsas de pesquisa promovendo o desenvolvimento científico daquela instituição, contudo, não basta, já que a pesquisa científica deve beneficiar todo o país e não somente o seu polo de desenvolvimento. A título de exemplo, com a dificuldade financeira e estrutural encontrada na área científica, Suzana Herculano, Neurocientista de prestígio acadêmico, saiu do país, deixando seu cargo de pesquisadora da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) para aceitar o convite de uma Universidade Americana onde assumiu importantes pesquisas em sua área, tendo todo o respaldo científico, financeiro e estrutural de que precisa para fazer avançar seus estudos. Fato este conhecido como “fuga de cérebros”, ou seja, com mais atratividade no exterior, brasileiros com potencial estão deixando o país desamparado a nível científico, ocasionando a descrença científica nacional. Fica claro, portanto, a extrema necessidade do Governo Federal realizar maiores investimentos financeiros e estímulos na ciência brasileira, criando programas acadêmicos em Universidades que atraiam estudantes para o desenvolvimento tecnológico, bem como, financiamentos ao profissional formado que optou pela área de pesquisa, para tal, sugere-se a parceria com o setor privado, para que assim como acontece em países do exterior, este possa financiar pesquisas científicas de interesse social, por meio de seus Institutos privados. Ademais, somente cultivando o pensamento científico desde cedo é que a população poderá dar o devido valor, por isso a escola é fundamental na motivação a seus alunos ao desenvolver talentos para a área científica quando de seu maior contato com Olimpíadas da Matemática ou Astronomia, por exemplo. Mas que o mais importante seja evidenciado, ensinar-lhes a aplicação de seus conhecimentos para o bem de sua sociedade.