O Renascimento Cultural, no século XVI, expôs ideais pautados na ciência para explicar os acontecimentos, contudo devido ao milênio anterior - Idade Média - tornou-se difícil a constatação racionalista perante uma sociedade de supremacia teocêntrica. Logo, percebe-se que a descrença no pensamento científico no Brasil advém de raízes históricas e escassez de informações científicas para a sociedade. Desde o descobrimento do Brasil com a chegada dos Jesuítas o país implantou ideais teocêntricos à população a fim de manter a hegemonia católica, aumentando, desse modo, a dificuldade de consolidação do pensamento científico no Brasil. No conto de Machado de Assis, O Alienista, percebe-se a descrença dos personagens perante o cientista Simão Bacamarte, mesmo no auge do seu trabalho. Portanto, infere-se que devido a origem teocêntrica do país ainda existe preconceito ao ideal racionalista. A origem extremamente católica do país conciliada a escassez de informações científicas a população proporcionou o aumento da descrença no pensamento racional. Um exemplo desse acontecimento foi a Revolta da Vacina, conflito realizado no Rio de Janeiro devido a vacinação compulsória da população. Logo, nota-se que essa rebelião poderia ser evitada a partir do esclarecimento da importância do procedimento médico, atestando a necessidade da exposição do pensamento científico a sociedade. Em suma, ratifica-se a necessidade do Governo investir no Ministério da Cultura a fim de permitir o acesso universal ao conhecimento racional. Somado a isso, as escolas atreladas aos profissionais de Filosofia implantarem palestras referentes à importância da ciência. Além dos indivíduos romperem paradigmas sobre o conhecimento científico com auxílio das escolas, por intermédio de experiências e a mídia implantar na televisão programas que discutam sobre as novas descobertas científicas a fim de formar uma sociedade consciente perante esse assunto.