No século XVIII, a adoção da razão como forma de explicar os fenômenos naturais, pelo movimento iluminista, repercutiu diretamente no avanço do conhecimento mundial. No Brasil esse processo ainda se desenvolve de forma lenta, sendo afetado pelos baixos investimentos e incentivos à pesquisa. Nesse contexto, o descaso com o progresso científico nacional se expande devido às pequenas contribuições financeiras e fomenta danos ao desenvolvimento do País. Em primeiro lugar, é perceptível a relação entre o avanço econômico de um país e seu progresso científico. Atualmente, o sucesso financeiro de uma nação está atado à sua contribuição para o setor de pesquisas e inovações, que contribuem para o avanço tecnológico mundial. No Brasil, essas contribuições são pequenas e colocam o País em 70º lugar no Índice Global de Inovação. Sendo assim, aplicando a terceira lei Newtoniana, a ação do baixo progresso científico brasileiro possui como reação o seu reduzido desenvolvimento econômico. Em segundo lugar, entende-se que esse reduzido avanço científico brasileiro é consequência dos pequenos investimentos e incentivos no setor técnico. O País aplica 1,6% do PIB em pesquisa, o que se comparado a potências científicas como Estados Unidos e Japão, que investem mais de 2,5%, é insuficiente. Portanto, o aumento das contribuições nacionais é crucial para o desenvolvimento técnico-científico do País. No intento do fim da descrença no setor técnico nacional, medidas são necessárias. Cabe ao Governo Federal aumentar para 3% o investimento do PIB brasileiro em pesquisas, visando ampliar o número de bolsas de iniciação científica ofertadas. De mesmo modo, ao Ministério da Educação é delegada a promoção de palestras ministradas por pesquisadores brasileiros nas instituições educacionais, visando incentivar os jovens ao saber científico; pois como cita Carl Sagan, “em algum, lugar algo incrível espera para ser descoberto”.