Durante a Reforma do Rio de Janeiro, no século XX, o médico Oswaldo Cruz comandou o projeto de vacinação obrigatória da população contra a varíola devido a endemia presente no momento. No entanto, como os cidadãos não estavam informados sobre os benefícios dessa forma preventiva, muitos deles negaram-se a obedecer as autoridades e protestaram seus direitos de liberdade, tal episódio ficou conhecido como "A Revolta da Vacina". Lamentavelmente, após décadas de evolução na ciência, a hostilidade a essa área do conhecimento ainda permeia a sociedade brasileira. A descrença no pensamento científico relaciona-se. em primeira análise, ao interesse privado. Max Weber, notável sociólogo, definiu as relações sociais como interações de dominação, sejam elas legais ou carismáticas. Dessa maneira, evidencia-se que muitas vezes as novas pesquisas assunto prejudicam determinadas empresas, e por isso essas companhias dificultam o acesso a essas informações e utilizam de seus recursos para dominar a opinião popular. Os pesticidas, por exemplo, são comprovadamente cancerígenos, mas mesmo com as evidências, os cidadãos ainda consomem alimentos que contenham esse produto devido ao pouco esclarecimento midiático sobre seus malefícios. Em paralelo, o insuficiente investimento nas escolas prejudica o desenvolvimento da ciência. Falta de labaratórios. Falta de palestras. Falta de aulas de campo. O estudante brasileiro dificilmente possui contato com situações que simulem os métodos científicos. Em decorrência, a ignorância sobre a credibilidade de pesquisas universitárias dificulta o entendimento da importância desses estudos para o desenvolvimento social e tecnológico do país. Essa perspectiva é analisado pelo cientista Albert Einstein, quando declarou que uma mente que se abre a um novo conhecimento jamais retorna ao seu tamanho original. Sendo assim, compreende-se que o papel da educação não é só de propagar o conhecimento, mas sim de formar cidadãos conscientes. É imprescindível,portanto,aumentar a visibilidade da ciência no Brasil. Para isso, é preciso que as ONGs promovam cursos preparotórios para olimpíadas científicas mundiais , com o intuito de incentivar a participação popular. Cabe as instituições de ensino realizarem aulas mensais de pesquisa de campo, para despertar o criticismo de seus alunos. Por fim, universitários devem criar fóruns nas redes sociais para compartilhar as novas descobertas científicas, a fim de democratizar as informações. Somente assim, nosso país formará mais cientistas e menos moralistas.