Desde o início Renascimento no século XV até os dias atuais, a ciência vem progredindo numa taxa cada vez maior, assim, trazendo à humanidade conhecimento e benefícios. Basicamente, a sociedade moderna é produto da ciência, já que se usufrui cotidianamente de diversas tecnologias, dos avanços da Medicina e etc. No entanto, apesar de tão utilizada e necessária hodiernamente, a ciência ainda é desacreditada por uma parcela significativa de pessoas no Brasil. Essa postura possui causas mais profundas e gera terríveis problemáticas à nação. Sendo assim, tal cenário possui origens sociológicas e econômicas. Nesse sentido, a descrença pelo conhecimento científico advém, sobretudo, da desinformação. A falta de conhecimento sobre a ciência gera medo na população sobre seus efeitos e, como consequência, essas pessoas a repelem. Além disso, a negação surge também quando fatos científicos divergem de crenças já pré-estabelecidas na sociedade, haja vista a teoria da evolução das espécies, que é recusada por aqueles que creem no criacionismo proposto pelo cristianismo. Além disso, soma-se à problemática o interesse econômico de grandes empresas. Frequentemente, empresários negam o aquecimento global e a influência dos produtos transgênicos à saúde humana a fim de não prejudicar sua produtividade e seu lucro. Ou seja, a ciência só é aceita se atender a conveniências e interesses específicos. Essa eminente hipocrisia nacional traz grandes perigos à nação. Do aspecto da saúde pública, torna-se uma situação desastrosa à medida que indivíduos estão optando não tomar vacinas, facilitando a propagação de vírus e bactérias e possibilitando o ressurgimento de doenças já erradicadas no Brasil. Outrossim, do ponto de vista ambiental, a aversão aos dados em relação ao aquecimento global levaria à negligência das indústrias, que emitiriam maiores quantidades de gases estufa e acarretaria no aumento do nível do mar. Por fim, do ponto de vista social, tal problemática aponta para um regresso humano, negar os métodos científicos é negar também a evolução da humanidade e o progresso histórico. Logo, a ciência é o motor do progresso humano, desacreditá-la seria catastrófico. Devido a isso, o Ministério da Educação deve criar campanhas públicas que abordem, por meio de cartazes e propagandas, a importância das vacinas para a nação, explicitando as pesquisas e os métodos científicos relacionados. Além disso, é necessário que o Estado fiscalize rigorosamente as indústrias brasileiras, executando vistorias periódicas e exigindo medidas sustentáveis na produção. Simultaneamente a essas ações, a sociedade deve divulgar os perigos da descrença sobre a ciência, expondo suas consequências e falácias através das redes sociais a fim de conscientizar a população. Enfim, com essas medidas, será possível construir uma nação mais coerente e progressista, que valorize o conhecimento humano e seja capaz de conviver de modo sustentável.