Ao longo da história da humanidade, percebe-se que o homem passou por um processo de racionalização durante o qual buscou, cada vez mais, basear suas explicações para os mais diversos fenômenos no raciocínio lógico em detrimento de fazê-lo puramente por meio da religião. Essa maneira de enxergar o universo foi fruto de uma nova forma de pensar do ser humano, o pensamento científico, que, embora tenha conduzido a maravilhosas descobertas, tem sido objeto de uma crescente descrença no Brasil. Esse cenário é preocupante, uma vez que a ciência foi a grande responsável pelo progresso da humanidade até o estágio em que se encontra atualmente. Sendo assim, um país que não dá a devida importância ao pensamento científico está fadado a ficar estagnado e, consequentemente, ser ultrapassado pelas demais nações em todos os aspectos que qualificam o desenvolvimento humano. Coadunando com a frase do filósofo Immanuel Kant “o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”, um dos motivos que podem ser apontados como causa da supracitada descrença é a má qualidade da educação oferecida no país, tanto no que se refere à infraestrutura, quanto aos conteúdos ensinados e a falta de aplicação dos mesmos no cotidiano. Isso acaba distanciando as pessoas do universo da ciência e restringindo seu senso crítico, sua capacidade de questionar e de utilizar a razão para explicar fenômenos e solucionar problemas. Além disso, a rápida velocidade com que as descobertas científicas acontecem na atualidade, muitas vezes acompanhadas pela negação de teorias até então vistas como absolutas, passa para as pessoas a falsa sensação de que a ciência não tem credibilidade, quando na verdade apenas atesta uma de suas inerentes características, não existe verdade absoluta. Diante dos argumentos apresentados, medidas são necessárias para mudar a situação em comento. Sendo assim, cabe ao Governo Federal, por meio do Ministério da educação (MEC), investir na educação do Brasil. Esses recursos devem ter como objetivo a melhoria da infraestrutura das instituições de ensino. Ademais, os órgãos do MEC precisam reformular as diretrizes de ensino e criar uma nova grade curricular, de forma que as disciplinas sejam interligadas e que se dê mais atenção à aplicação dos conhecimentos na prática e às novas descobertas científicas. Dessa maneira, o país terá uma sociedade com maior nível cultural, na qual o pensamento científico certamente gozará de maior credibilidade.