O Brasil enfrenta uma crise de confiança no pensamento científico, que está levando os cidadãos a tomarem decisões perigosas. A descrença no pensamento científico é alimentada pela falta de conhecimento e medo do desconhecido, potencializada por informações equivocadas propagadas na mídia. Dentro da própria comunidade científica há informações conflituosas que contribuem para o aumento da desconfiança da população na veracidade das informações. Um caso que ganhou destaque há alguns anos foi o de uma pesquisa científica que ligava a ocorrência de autismo com a vacinação. Essa pesquisa já foi derrubada, mas ainda é utilizada como argumento contra a vacinação pelo movimento antivacina. Ao se deparar com esse tipo de informação, muitos pais alarmados deixaram de vacinar seus filhos pois tinham medo de prejudica-los de alguma forma. Nesse caso, a informação errada prevaleceu e a discordância dentro da comunidade científica aumentou a desconfiança sobre o assunto, levando muitas pessoas a ignorarem os benefícios trazidos pela vacinação na prevenção da disseminação de doenças. Essa desinformação pode ser combatida com campanhas educativas promovidas em conjunto pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Ciência, que levem para a população informações sobre o método científico e a importância dele para garantir a credibilidade e replicabilidade dos resultados, mostrando que na área da saúde os conhecimentos científicos são estudados e testados extensivamente para garantir que as suas aplicações realmente configurem em benéficos para a sociedade.