Título da redação:

O direito de ir e vir no Brasil

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 10/10/2016

Congestionamentos. Altos níveis de emissão de gás carbônico. Doenças respiratórias. Esses são alguns dos efeitos da falta de mobilidade nas grandes capitais brasileiras. Apesar de vivermos na era da tecnologia, melhorar a qualidade do transporte público e privado no Brasil é um desafio cada vez maior e sem uma solução imediata. Logo, observa-se a necessidade de investimentos na infraestrutura urbana do país. Antes de tudo, devemos nos lembrar que o direito de ir e vir é inerente a todo cidadão e deve ser respeitado. Ao contrário do censo comum, não há essa liberdade no mundo contemporâneo. Segundo a editora e revista Abril, cerca de 8 em cada 10 pessoas utilizam o transporte privado diariamente devido a insegurança e pouca flexibilidade oferecida pelos meios públicos, mesmo que elas tenham que gastar mais tempo em seus deslocamentos. Desse modo, um direito fundamental é cerceado e a falta de planejamento urbano é agravada. Somado a isso, há o sucateamento da malha viária nacional, que é composta majoritariamente por uma matriz rodoviária. Diariamente, o Jornal Nacional noticia que veículos coletivos como metrôs e ônibus muito antigos prejudicam excessivamente o meio ambiente, são inadequados aos padrões de segurança atuais e estão sempre superlotados. Consequentemente, o indivíduo é obrigado a abdicar de algo que deveria ser proporcionado por meio dos impostos pagos e investe na compra de um carro ou motocicleta, agravando ainda mais a situação. Fica claro, portanto, que a crise da mobilidade urbana brasileira é resultado da falta de investimentos do poder público nos transportes de massa. Nesse sentido, a longo prazo, o Ministério dos Transportes deve auxiliar os governos estaduais financeiramente para que eles realizem a compra de metrôs mais modernos,bem como aumentem a malha ferroviária nos grandes centros urbanos. Ademais, o Poder Legislativo precisa reformular as leis federais de forma que empresas concessionárias sejam obrigadas a respeitar o limite máximo de passageiros por veículo, tenham uma qualidade satisfatória e cumpram as normas de segurança vigentes.