Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a mobilidade urbana é um direito inerente à todos os seres humanos. Porém, o que se observa no que tange a esse assunto, é um descaso na qualidade do serviço prestada por empresas nesse ramo, bem como a falta de infraestrutura de qualidade para atender a grande demanda por tal serviço. É evidente que, com a ascensão do capitalismo, advento da 2ª Revolução Industrial, o fim da Ordem Bipolar e a crescente globalização, o modo de vida de grande parte da população mundial sofreu mudanças. Isso porque, a crescente industrialização provocou o movimento do êxodo rural e, portanto, um inchaço populacional nas grandes cidades. Devido a esse fato, caracteriza-se um aumento, também, na compra e utilização de automóveis particulares, como busca por conforto e, talvez, status social. No Brasil, por exemplo, configura-se nos últimos anos, um crescimento dos veículos automotores em cerca de dez mil vezes mais do que o crescimento populacional. Contudo, esse problema está longe de ser resolvido. A falta de planejamento urbano para comportar essa quantidade crescente de veículos acaba por causar congestionamentos, acidentes e fatalidades. Além disso, a falta de segurança presente nos transportes públicos, marcada por assaltos, assédios, etc, vem reduzindo em cerca de 9% ao mês o uso de coletivos, segundo pesquisa feita pela Associação Nacional de Transportes Urbanos. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. É necessário que a Secretaria Nacional de Segurança Pública invista em segurança mais reforçada nos coletivos, para que haja maior conforto dos passageiros, não somente em relação ao trânsito, como também com a superlotação, que facilita a ocorrência de furtos. Ademais, a criação de ciclofaixas, por prefeituras municipais, bem como a manutenção dos serviços de transportes públicos se faz necessária para haver, de fato, a melhora na mobilidade urbana, garantindo a todos o direito de ir e vir.