Caos. Essa é a palavra que define a situação do tráfego de pessoas no Brasil. A constituição brasileira garante o direito de ir e vir do cidadão. A realidade, em contrapartida, não é essa. Por ter uma longa extensão, o principal meio de transporte adotado no país não é o mais indicado. A consequência disso é o investimento em transportes particulares. Tais fatores contribuem para a crescente crise de mobilidade gerada. Torna-se necessário, então, a resolução dessa problemática. Sendo assim, é válido ressaltar que o problema é um resquício da década de 50. O presidente, Juscelino Kubitschek, consagrado pela frase: ''Governar é abrir estradas'', apresentou um projeto de integração que interligava o país por estradas. Logo após, na década de 70, a ditadura militar usava desse artifício para ''Integrar para não entregar''. Anos de investimentos nesse meio, abriu os caminhos para as privatizações, regalias às empresas e, consequentemente, precariedade de serviços. Além disso, a modalidade ideal para o país é a ferroviária. Ademais, é importante citar os problemas estruturais do país. Sabe-se que as estradas brasileiras são de má qualidade e, por isso, apresentam problemas diários. Assim como, o inchaço urbano que dificultou ainda mais a mobilidade. Há uma grande quantidade de pessoas para uma quantidade - relativamente - pequena de ônibus, por exemplo. Analisando os pontos negativos, a população enxerga no transporte próprio uma solução para a realidade encontrada. Aumentar a quantidade de carros nas ruas, no entanto, agrava ainda mais a situação. Em São Paulo, por exemplo, foi utilizada uma estratégia paleativa para solucionar. Ainda assim, a alternância de placas de acordo com números pares e ímpares, não surtiu o efeito esperado e a população ainda enfrenta longas horas para chegar ao seu destino. As medidas paleativas são insuficientes para o Brasil, pode-se concluir. Os resquícios do passado precisam ser resolvidos desde a raíz do problema. É evidente que o país necessita de uma reformulação estrutural. É necessária a aliança público-privada para obras de infraestrutura que viabilizem a forma principal de deslocamento, o rodoviarismo. Como também, o investimento governamental na construção de ferrovias, no intuito de interligar o território e distribuir a demanda pública de pessoas em outros meios. Assim como, a fiscalização pelos orgãos públicos por boa qualidade de serviços prestados, a fim de que haja uma tarifa justa ao atendimento que é oferecido.