Desde o início do século xx, passando pelos governos de Getúlio Vargas e Juscelino kubitscheck, a industrialização nacional foi um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento econômico do país. Com a chegada das montadoras estrangeiras de automóveis, o que antes era considerado um bem apenas para as elites dominantes, tornou-se, com o passar dos anos, sinônimo de necessidade. Com isso, devido a crescente demanda por veículos cada vez mais sofisticados e o baixo investimento em transportes alternativos, observa-se hoje que a mobilidade urbana é um dos principais problemas que aflige milhões de brasileiros diariamente. Segundo uma pesquisa divulgada pelo IBGE, em outubro de 2013, estima-se que existam, apenas na capital paulista, uma frota de quase 7 milhões de veículos privados, ou seja, um quinto da população paulistana possui pelo menos um carro na garagem. Analisando esses dados, observa-se que o aumento do crescimento populacional e a disponibilização de credito a juros abusivos , somado à fragilidade da gestão do Estado e as péssimas qualidades do transporte público ofertado à população, fomentam ainda mais a busca pelo transporte individualizado, acarretando em um aumento no fluxo de automóveis nas principais capitais do Brasil ,e problemas relacionados ao meio ambiente, como o efeito estufa, ilhas de calor e inversão términa. Além dos problemas relacionados ao aumento de veículos nas ruas, outro fator que agrava ainda mais a situação refere-se ao monopólio de grupos administrativos que controlam as principais companhias de trens,ônibus e metrôs em todo território nacional. Preços abusivos, falta de segurança, transportes mal equipados e deslocamentos mal planejados fazem com que a população substitua o transporte coletivo, que é capaz de deslocar um maior número de pessoas de uma determinada região para outra, pelo transporte privado. Em algumas cidades, a substituição do transporte coletivo por transportes alternativos , como bicicletas e hidrovias, tornou-se muito eficaz nos primeiros anos de implantação. Entretanto, devido à falta de infraestrutura e de planejamento dos centros urbanos , essas alternativas tornaram-se ineficientes para diminuir o inchaço urbano a longo prazo. Dessarte , para que seja possível minimizar os efeitos da crise relacionada à mobilidade urbana, é preciso que o Ministério do Transporte elabore um novo planejamento urbano para melhor atender às necessidades da população. Isso pode ser feito por meio do desenvolvimento de novas hidrovias para melhor aproveitar os rios como meio de transporte. Ademais, é dever do Ministério do Desenvolvimento, por meio da ampliação de ciclovias, estimular o transporte cicloviário para pessoas que desejam optar por esse modal de transporte, pois, além de não oferecer riscos ao meio ambiente, contribui para a melhora na qualidade de vida do indivíduo.