Título da redação:

Movimento: do império ao hoje

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 24/07/2017

Desde o Império, o Brasil apresenta grandes dificuldades de assegurar a mobilidade dos cidadãos no meio urbano. Um dos fatos que marcou essa condição foi a Revolta do Vintém, na qual a população questionava o aumento da tarifa do bonde no Rio de Janeiro. Hoje, avanços são vistos com a Constituição Federal ao assegurar o direito de ir e vir e criar projetos para amenizar o problema. No entanto, a urbanização desenfreada separada do crescimento espacial planejado dos centros urbanos e a continua valorização do veículo particular promovem a crise de mobilidade urbana no país. É válido destacar, de início, que o êxodo rural atrelado à macrocefalia das capitais reforçam a necessidade de um planejamento urbano. Devido a isso, as cidades viram espaços de disputas e são desintegradas por serviços públicos deficitários. Um dos fatores que representam essa situação é estabelecido pelo grande número de cidadãos em regiões periféricas tendo seus trabalhos em áreas centrais. O tempo que eles levam para chegar ao trabalho torna-se uma das consequências ligadas à precária mobilidade urbana. Logo, os indivíduos que deveriam, sem exceção, ser integrados de maneira plena pelas cidades são lançados ao caos e ao estresse das longas viagens diárias para cumprirem com suas atividades trabalhistas. Ademais, o aumento do poder aquisitivo a longo do desenvolvimento brasileiro proporcionou um aumento de transporte particulares, destacando o carro. Esse fato também derivado da comodidade e conforto dados por eles, que não são fornecidos pelos ônibus por exemplo. O quadro formado a partir desses pontos afeta a preservação do meio ambiente verificada de acordo com dado exposto pela ONG Rodas da Paz o qual mostra que um cidadão polui 17 vezes mais ao usar o automóvel particular ao invés de usar o transporte coletivo. Dessa forma, a mobilidade urbana problemática engloba a esfera ambiental e, cada vez mais, desgasta o bem-estar social. Fica claro, portanto, que a locomoção nas cidades brasileiras é uma barreira enfrentada para o desenvolvimento mais justo e integrado desde o Império. Para haver novos avanços, o governo federal, junto ao Ministério do Planejamento, deve investir e concluir projetos voltados acessibilidade, integração física e tarifária dos transportes públicos. Além disso, ONGs precisam promover campanhas de conscientização sobre a utilização demasiada dos carros individuais, promovendo ideias como as caronas e os rodízios. Por fim, as áreas periféricas devem ser integradas ao espaço social como parte de grande importância o núcleo urbano, por meio de um transporte de qualidade e alternativos proporcionados pelas prefeituras estaduais.