A raça humana apresenta-se em constante desenvolvimento. Um exemplo na história brasileira foi a Conjuração Baiana, revolta que pregava entre vários aspectos a libertação dos escravos, igualdade entre as pessoas e o respeito étnico. Porém, a crescente crise da mobilidade urbana no Brasil demonstra uma recaída social, revelando pontos que necessitam de análise. No movimento iluminista, por meio do uso da razão e métodos científicos, a felicidade e o progresso seriam possíveis de realização em um meio coletivo. Pensamento este que se perde em meio a tantos pontos negativos sobre o assunto. É importante destacar que o deslocamento de pessoas para as cidades desde a época dos cercamentos e da revolução industrial, não foi acompanhado por políticas públicas de qualidade. Por consequência a deficiência de locomoção nos centros urbanos devido ao pequeno número de ônibus e ainda a má qualidade dos mesmos e o elevado valor de suas tarifas, faz com que os trabalhadores gastem muito tempo para chegar e voltar do serviço. Diante disso, não apresentam disponibilidade para se dedicar à atividades de lazer, sendo transformados em “escravos” da vida urbana. Tomando por base a corrente literária denominada de Naturalismo, fazendo também relação com o Realismo, as quais observam aspectos do cotidiano e comportamentos sociais, como na obra “ O Cortiço”, fica evidente as péssimas condições de moradias nas cidades. Muitas pessoas são forçadas a construírem casas em locais periféricos e a viverem pautadas em situações consideradas “animalescas”. Como, a falta de infraestrutura, saneamento básico, saúde e educação, sendo que essas não atingem determinados locais. Ademais, a precariedade resulta na proliferação de doenças entre as pessoas, como a febre amarela que provém do desmatamento de áreas silvestres para a implementação da vida urbana. A condição da mobilidade urbana é um grava problema. Assim, no princípio social, a constituição de instrumentos, por meio de políticas públicas, possibilitando a integração de bairros mais periféricos com os grandes centros, ampliando então o acesso desses indivíduos a direitos básicos, como saneamento e atividades de lazer, se faz de suma importância. Além disso, outra solução é o aumento e a melhoria dos transportes públicos pelas prefeituras das cidades, fazendo com que as pessoas deixem os carros em casa e utilizem ônibus e metrôs, ainda garantindo a eficiência no tempo de deslocamento nos grandes centros. Constituindo então, uma isonomia social.