Título da redação:

Imobilidade urbana

Proposta: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 05/09/2016

O processo de urbanização no Brasil não ocorreu de forma planejada, o que propiciou a ocorrência de inúmeros problemas na cidade, como a favelização e a falta de mobilidade urbana. Essas adversidades ainda persistem nos dias atuais e proporcionam diversos impactos à população, principalmente, relacionadas aos obstáculos no deslocamento pelo município. No entanto, é possível amenizar a problemática com medidas de cunho governamental e individual. Nesse contexto, é perceptível que as causas da falta de mobilidade urbana estão envolvidas ao excesso de automóveis, a inexistência de planejamento e a má qualidade do transporte público. O grande número de carros se deve ao status que a sua posse representa ao indivíduo, no qual a obtenção de desses bens favorece no bem estar pessoal em detrimento da preservação do meio ambiente. Além disso, a falta de infraestrutura e planejamento configura a formação de engarrafamentos de longa extensão. Ainda convém lembrar da inexistência de políticas públicas que poderia incentivar os moradores a adotarem meios de transporte mais sustentáveis e gerar a flexibilidade no trânsito. Os transportes públicos, geralmente, não oferecem atrativos para serem usados, já que são desconfortáveis, caros, lotados e não são pontuais. Em contrapartida, países como a Noruega e França estimulam a sociedade a substituir carros por bicicletas, através de descontos em lojas e isenção de impostos para empresas que incentivam seus funcionários a realizarem tal troca. Outro fator existente são as consequências que a crise na mobilidade urbana propicia no organismo do indivíduo. A longa espera no trânsito proporciona a secreção do hormônio glicocorticoides pela glândula adrenal que possui como principal representante o cortisol, envolvido na elevação do nível de estresse e ansiedade. Além disso, essa substância gera queda no sistema imunológico, o que favorece o aparecimento de várias doenças, como gripe, resfriado e herpes. Sendo assim, é essencial que as prefeituras promovam projetos de planejamento urbano, como a construção de ciclovias e a expansão de avenidas, para amenizar os engarrafamentos e drenas o grande número de veículos. Ademais, o Governo Federal deve incentivar a população a utilizarem bicicletas, por meio de pagamentos por quilometro rodado, assim como na Europa, a fim de diminuir o número de carros nas ruas, o tempo de espera e amenizar o estresse do motoristas. Por fim, as empresas de transporte público devem modificar sua estrutura empresarial, por meio do aumento no número de ônibus, diminuição do preço, ser pontuais e confortáveis, com o objetivo de incentivar as pessoas a substituírem seus automóveis.