Um dos grandes desafios enfrentados pelas grandes cidades brasileiras é a mobilidade urbana, tendo em vista o crescente aumento da frota de carros particulares, além das péssimas condições dos transportes públicos e da falida política rodoviarista nacional, vilões da locomoção dos brasileiros nas cidades. Antes de mais nada, podemos citar a memorável frase do então presidente Washington Luis, quem em certa ocasião disse: “Governar é construir estradas”, esse “slogan” ilustra bem a política rodoviarista brasileira que tomou forma principalmente no governo de Juscelino Kubitschek, de lá pra cá, se passaram décadas, e hoje o sistema rodoviário brasileiro é o quarto maior do mundo, e conta com mais de um milhão e meio de quilômetros de estradas. Nas grandes cidades o modal rodoviário é sinônimo de congestionamentos quilométricos , visto que devido ao crescimento espontâneo dessas metrópoles, obras de grande porte ficam comprometidas pelo fato dos espaços necessários para a construção ou ampliação de estradas já estarem ocupados. Por conseguinte, tal situação reflete diretamente não somente na qualidade de vida do brasileiro, mas também no convívio harmonioso da sociedade. Por outro lado, um dos fatores que mais atrapalham a locomobilidade citadina é a péssima qualidade dos transportes públicos que são: caros, ineficientes e superlotados, fazendo com que os cidadãos optem por utilizar veículos próprios em detrimento dos transportes coletivos. Dessarte, ao analisarmos o contexto dos transportes e da mobilidade urbana brasileira, acabamos por chegar a conclusão de algo já evidente: construir estradas e rodovias não se trata de resolver a situação, e sim apenas, remediar um problema. Entretanto, cabe ao Ministério dos Transportes diagnosticar os pontos negativos, além de: investir em modais alternativos ao rodoviário, e em parceria com as secretárias municipais promover as melhorias necessárias ao transporte público urbano.