Título da redação:

Fatos Históricos que levaram a atual crise da mobilidade urbana

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 18/09/2016

Fatos Históricos que levaram a atual crise da mobilidade urbana Diferentemente da colonização do Brasil, na América espanhola os conquistadores implantaram um complexo sistema de controle sobre as regiões dominadas. O território foi dividido em vice-reinos e cabildos que depois da Independência destes países, formaram uma estrutura inicial para a formação de cidades organizadas e planejadas, o que não aconteceu no Brasil. Grandes cidades, como São Paulo ou Rio de Janeiro, cresceram ao acaso, sem nenhuma infraestrutura ou planejamento, o que levou à crescente crise de mobilidade urbana vista na modernidade. A falta de planejamento na construção das cidades fez com que existissem muitas pessoas morando na periferia das cidades, as famosas favelas, que precisam vir ao centro todos os dias para trabalhar, geralmente precisando de dois ônibus para chegar ao trabalho. Em cidades planejadas, como na Nova Zelândia, os cidadãos de baixa renda vivem mais perto da cidade, justamente pelo fato de que precisam se locomover todos os dias. Esse fluxo de pessoas vindo das periferias para o centro agrava ainda mais o problema da mobilidade urbana. Além dos motivos históricos desta crise, políticas como a do rodoviarismo, implantado por Juscelino Kubtschek, integrando o país por meio de rodoviárias, agravou ainda mais o problema. Apesar das rodovias serem mais baratas em curto prazo, leva a inúmeros problemas, como acidentes de trânsito e poluição ambiental. Além da existência das estadas, os brasileiros vem cada vez mais adquirindo veículos próprios, muitas vezes um carro por pessoa, que junto aos outros aspectos já discutidos, levaram ao problema hoje muito presente nos grandes centros urbanos. Para resolver esta crise, os municípios devem investir em um melhor transporte público, e não apenas rodoviário, mas também investimento nas ferrovias e construção de mais metrôs, que apesar de caros, são muito eficientes na locomoção de um grande número de pessoas. Devem também ser implementadas políticas de redução na produção e venda de veículos, pelo grande número destes circulando nas ruas do nosso país, agravando os problemas de locomoção nas cidades. Investimentos em ciclovias e incentivo a este tipo de transporte deve sempre ser levado em conta, apesar de não sanar o problema de locomoção. É responsabilidade do Estado, junto com a população, corrigir este estado preocupante nas cidades brasileiras.