Título da redação:

Estagnação Social

Proposta: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 19/10/2017

A industrialização brasileira pautada na categoria automobilística, acentuada no governo de JK durante a segunda metade do século XX, foi imprescindível para expansão do setor. Com isso, houve o barateamento de produtos e maior acessibilidade na aquisição de veículos. No entanto, o aumento exponencial na quantidade de automóveis concentrados nos grandes centros, somado ao precário sistema de transporte público do país, desencadeiam complexos problemas de fluidez no trânsito. Na Federação, a saturação na concentração de veículos automotores nas médias e grandes cidades apresenta-se como um problema crônico na realidade urbana atual. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 15 das principais regiões metropolitanas nacionais, 30% da população gasta mais de 1 hora no deslocamento casa-trabalho. Além disso, visualiza-se um importante agravante desse quadro, já que, segundo os últimos levantamentos, em 10 dessas áreas há uma adição progressiva no tempo de trajeto; vinculado à ampliação da frota de veículos nas ruas, não acompanhadas, porém, de investimentos expressivos em infraestrutura urbana. Outrossim, a ineficiência do transporte de massa no Brasil vincula-se majoritariamente ao sucateamento do serviço. Em função disso, é possível afirmar que fatores como: abusivos preços de passagens, superlotação e alto índice de criminalidade no aglomerado coletivo; promovem forte incentivo ao cidadão na compra de seu veículo próprio, ou na preferência de meios mais privados como táxi ou Uber. Dessa maneira, é mister que sejam tomadas medidas enérgicas para reestruturação do transporte público no país a fim de reverter tal delicada situação. Entende-se, portanto, que a problemática acerca da imobilidade no trânsito brasileiro possui íntima relação com o incremento crescente de automóveis e, ainda, com o descrédito no que diz respeito aos meios de transporte público. Assim, é necessária uma estreita parceria do governo Federal e instituições privadas de infraestrutura no que tangencia ao investimento no setor de logística urbana; a construção de linhas de metrô e reorganização das linhas de ônibus podem amenizar o problema. Ademais, cabe aos poderes locais a conscientização dos indivíduos da nova geração, nas escolas de base, adicionando aos currículos projetos focados na dinâmica social e sua manutenção equilibrada, desenvolvendo, por fim, uma mentalidade preocupada com o bem estar social da coletividade na qual todos estão inseridos.