A urbanização brasileira teve sua formação acelerada e seu planejamento prévio. Um êxodo rural tardio advindo da Revolução Verde, que aglomerou pessoas, somado ao projeto rodoviarista de Juscelino Kubitschek, o qual limitou as opções de logística, foram grandes atores desse acontecimento. Diante disso, nota-se que a mobilidade urbana se tornou um problema em vista da conurbação desordenada. Em primeiro plano, a precária administração de ruas é o fator principal para a geração dos grandes engarrafamentos. Isso se explica pela grande quantidade de pavimentações sem reparo, sem sinalização e o despreparo de guardas de trânsito. Nesse sentido, são muitas vezes, essas as causas de acidentes ou de obras intermináveis. Consequentemente, culminam em trânsitos diários para moradores de centros. Outrossim, as péssimas e limitantes condições dos meios de transporte público são desestimulantes para a população. Isso porque o governo não realiza inspeções obrigatórias às redes de transporte privatizadas. Com isso, a realidade desse quadro é o sucateamento e o alto preço dos ônibus, trens e metrôs, aos quais trabalhadores são submetidos todos os dias. Em vista desses fatos, entende-se que a falta de organização governamental é responsável pela aglomeração de pessoas e redes de transporte. É necessário, pois, que o sistema legislativo proporcione leis severas para o regulamento de veículos coletivos privatizados, garantindo boa infraestrutura e o tabelamento de preços. Além disso, o Governo, com o auxílio da mídia, pode incentivar o uso de transporte público por meio de propagandas. Assim, será feito o planejamento que falta durante a formação das cidades.