Título da redação:

Desafios de uma mobilidade democrática

Proposta: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 07/09/2016

A dificuldade de se encontrar uma alternativa unânime que elimine os empecilhos na matriz de transporte nas cidades brasileiras, faz com que a problemática da mobilidade urbana se perpetue . Superlotação de veículos, desarticulação do direto de ir e vir do cidadão e imensos congestionamentos atrapalham não só a movimentação de uma cidade, como dá espaços para a poluição ambiental. Logo, não basta criar alternativas de mobilidade urbana, mas sobretudo, deve-se firmar uma mobilidade com desenvolvimento urbano e sustentabilidade ambiental . A princípio, o planejamento estrutural de transportes de uma cidade deve ser pautado nas pessoas e não nos veículos. Isso implica dizer que, o maior empecilho da mobilidade urbana está na prioridade que se dá aos transportes motorizados individuais. Historicamente, o urbanismo brasileiro privilegiou a fluidez do trânsito para automóveis individuais, e dirigidos para os grandes centros urbanos, especialmente no Governo de Juscelino Kubitschek com seu famoso Plano de metas; acirrando assim a desestabilização espacial no país tanto no quesito população, quanto economicamente e estruturalmente. Após isso, a nação brasileira sempre foi marcada pela desigualdade social e pela segregação sócio espacial. E isso acaba, de certa forma, prejudicando a universalização do acesso ao transporte público e a democratização de um transporte público eficiente e de qualidade, pois cerca de 82 % da população é urbana, porém 70% concentram-se em apenas 10% do território. Além disso, muitas das vezes a distribuição da matriz de transportes coletivos acaba gerando deseconomias de circulação ao cobrar altas tarifas no sistema de bilhetagem. O que acaba desfazendo qualquer esforço de se integrar um Plano Nacional de Mobilidade Urbana Sustentável, estimulando ainda mais a individualidade de transportes nas áreas urbanas e a quebra do equilíbrio ambiental (sinergia). Logo, é intrínseco afirmar que cabe ao Governo Federal junto com o Ministério das Cidades investir na integração do transporte público, através da implantação de sistemas intermodais, para gerar democratização de acesso a veículos com eficiência e qualidade. O Governo Federal também deve reduzir as deseconomias de circulação para reafirmar esse acesso. Além disso , diante dos paradigmas do urbanismo, seu desenvolvimento e a sustentabilidade ambiental são as melhores respostas dadas por indivíduos e setores econômicos ás suas necessidades de deslocamento.