Durante os governos de Washington Luiz e Juscelino Kubitscheck foi nítida a importância das estradas para integrar o país e seus recursos ao colocarem em prática a ideia de que "governar é abrir estradas" (Washington Luiz) com a adoção do rodoviarismo, visando criar e ampliar rodovias, além de atrair a indústria automobilística. Entretanto, o enfoque dado aos automóveis em detrimento dos outros meios de transporte, como o ferroviário, se mostra uma das causas para a crise da mobilidade urbana, aumentando a circulação excessiva de carros e pessoas num mesmo ambiente, tal qual o crescimento das poluições visual, sonora e do ar, emitida pelos veículos e que prejudica não só o ser humano como também a natureza. Ademais, é perceptível a influência do grande número de congestionamentos no comportamento dos envolvidos no trânsito, fazendo até com que se envolvam em acidentes -alguns fatais- que são cada vez mais frequentes nas estradas brasileiras. Nota-se que o direito de ir e vir está diretamente ligado à mobilidade urbana, o que torna fundamental a implantação de medidas que restrinjam a circulação de automóveis, como o "rodízio", e o investimento no transporte público e em ciclovias por parte do governo para otimizar o dinamismo das cidades; enquanto mídia e sociedade devem propagar e informar sobre meios alternativos de transporte a fim de reduzir o tráfego.